O Caça Gripen considerado um dos mais avançados do mundo foi a aposta do Brasil para modernizar sua força aerea. De origem sueca, A escolha do Gripen, se deu por uma combinação de fatores estratégicos, econômicos e tecnológicos, que tornaram a aeronave a opção mais vantajosa para a Força Aérea Brasileira (FAB).
Primeiramente, o Gripen NG (Next Generation) se destacou por sua flexibilidade e capacidades avançadas. Desenvolvido pela Saab, o caça é reconhecido por sua tecnologia de ponta, incluindo sistemas de radar AESA (Active Electronically Scanned Array), capacidades furtivas e um avançado sistema de guerra eletrônica. Essas características são essenciais para a defesa aérea moderna, oferecendo ao Brasil uma superioridade tecnológica significativa, em especial a outros países da América do Sul. Além disso, o Gripen é um caça multimissão, capaz de executar diversas tarefas, desde missões de defesa aérea até ataques ao solo, reconhecimento e vigilância.
Gripen NG (Next Generation) se destacou por sua flexibilidade |
Motivações
Outro fator determinante foi a questão econômica. O Gripen oferece uma relação custo-benefício atraente. Isso é crucial para um país com um orçamento militar limitado como o Brasil. Além disso, o consumo de combustível do Gripen é menor, resultando em custos operacionais reduzidos a longo prazo. Estimasse que a aeronave precisa de apenas 15 minutos de preparo no solo para ser rearmada e abastecida entre uma missão e outra e o custo da hora de voo é de US$ 4.500 (cerca de R$ 22 mil, pela cotação atual).
A tecnologia foi um aspecto vital na decisão do Brasil. O contrato de compra do Gripen incluiu cláusulas de offset, que garantem a transferência de tecnologias críticas para a indústria aeroespacial brasileira. Isso permite que o Brasil não apenas adquira os caças, mas também desenvolva suas capacidades industriais e tecnológicas internamente. A Embraer, uma das maiores empresas aeroespaciais do Brasil, tem desempenhado um papel significativo na produção e desenvolvimento do Gripen, beneficiando-se da transferência de tecnologia e know-how. Essa parceria fortalece a indústria nacional e reduz a dependência do Brasil de fornecedores estrangeiros.
Gripen oferece uma relação custo-benefício atraente para o Brasil |
A autonomia estratégica também foi uma preocupação central. Ao optar pelo Gripen, o Brasil buscou aumentar sua independência em termos de defesa. A Saab demonstrou disposição em colaborar estreitamente com o Brasil, respeitando a soberania do país e suas necessidades específicas de defesa. Isso contrastou com outras ofertas, que poderiam implicar em maiores restrições e dependências.
Adaptação a Realidade Brasileira
Adicionalmente, o processo de seleção foi conduzido com um forte foco em transparência e competitividade. O Programa FX-2, que culminou na escolha do Gripen, envolveu rigorosas avaliações técnicas e operacionais, além de considerações políticas e econômicas. Após um processo de seleção meticuloso, o Gripen emergiu como a escolha que melhor atendia aos requisitos da FAB.
Por último, a interoperabilidade foi outro ponto de destaque. O Gripen é compatível com uma ampla gama de armas e sistemas existentes, facilitando a integração com os equipamentos já em uso pela FAB e por aliados. Isso garante que o Brasil mantenha uma força aérea coesa e eficaz, capaz de operar em conjunto com forças aéreas de outras nações em operações conjuntas ou missões de paz.
Gripen emergiu como a escolha como a melhor escolha |
A escolha do caça Gripen pelo Brasil foi motivada por uma combinação de avançadas capacidades tecnológicas, custo-benefício, transferência de tecnologia, autonomia estratégica e interoperabilidade. Esses fatores, juntos, asseguraram que o Gripen fosse a melhor opção para fortalecer a defesa aérea brasileira, proporcionando um equilíbrio ideal entre desempenho, custo e desenvolvimento industrial.