sábado, 29 de julho de 2023

A Lenda do Milagre de Ourique e o primeiro Rei de Portugal

    A lenda do "Milagre de Ourique", é uma das mais antigas e emblemáticas da história de Portugal, carregando grande valor simbólico e ideológico para a fundação e a identidade nacional. Segundo a tradição, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, teria tido uma visão de Cristo rodeado de anjos antes do confronto, garantindo-lhe a vitória e o reconhecimento divino como monarca do país.

"O Milagre de Ourique" Português Domingos Sequeira (1793),em exposição no
Museu Louis-Philippe do Palácio de Eu em França
 

A Batalha de Ourique, ocorrida em 25 de julho de 1139, foi um marco na história de Portugal, um confronto militar entre as forças cristãs, lideradas por D. Afonso Henriques, e as muçulmanas, comandadas por Ali ibne Iúçufe. Embora o local exato seja incerto, acredita-se que tenha ocorrido nos campos de Ourique, no Baixo Alentejo. Mesmo enfrentando um exército numericamente superior, os portugueses obtiveram uma vitória decisiva.

Primeiro Rei de Portugal D. Afonso Henriques —   "Conquistador" e "Rei Fundador"

Essa batalha foi essencial para a independência e fundação de Portugal, pois a partir dela, D. Afonso Henriques passou a adotar o título de rei dos portugueses, iniciando o processo de negociação com o rei de Leão e a Santa Sé para o reconhecimento formal de seu reino. A lenda também explica a origem dos escudos em forma de cruz que compõem o brasão de armas de Portugal, representando as cinco chagas de Cristo e os cinco reis mouros derrotados no embate.

D. Afonso Henriques, conhecido como o "Conquistador" e o "Rei Fundador" de Portugal, foi um líder corajoso e determinado. Após vencer sua mãe, D'Teresa de Leão, na batalha de São Mamede em 1128, assumiu o governo do Condado Portucalense e iniciou uma série de conquistas contra os mouros e expandindo seu território. Em 1139, após vencer o exército mouro em Ourique, proclamou-se rei dos portugueses e obteve o reconhecimento de sua independência pelo rei de Leão em 1143, através do Tratado de Zamora. A confirmação oficial do Papa Alexandre III, pela bula Manifestis Probatum em 1179, consolidou sua posição como monarca.


Estátua de Dom Afonso Heriques - Afonso I de Portugal — Castelo de Guimarães

D. Afonso Henriques deixou um legado importante para a nação portuguesa, estabelecendo uma dinastia que perdurou até 1383. Sua liderança na batalha de Ourique e sua busca por independência e reconhecimento demonstram a importância histórica desse evento para a construção do reino de Portugal. Hoje, a lenda do "Milagre de Ourique" e a figura de D. Afonso Henriques ainda perduram como parte do rico patrimônio histórico e cultural de Portugal.

Veja Também: A História do Milagre de Ouriques






quarta-feira, 26 de julho de 2023

Resistência: A incrível história de três irmãos que salvaram 1200 judeus

    Os irmãos Bielski foram três judeus que se tornaram verdadeiros heróis da resistência ao nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Em meio ao horror da ocupação nazista na Bielorrússia, eles se recusaram a ser vítimas passivas e decidiram lutar para salvar a si mesmos e aos outros. Com coragem e determinação, criaram uma notável história de esperança e resistência.

Os Partisans Bielski— liderados por Tuvia, Zus e Asael (Os Irmãos Bielski)

    Tuvia, Asael e Zus Bielski, filhos de um fazendeiro judeu, foram confrontados com a terrível realidade dos nazistas que invadiram sua região em 1941, levando à morte de seus pais e parentes em um massacre cruel. No entanto, os irmãos não se deixaram abater e conseguiram escapar para a floresta, onde se uniram a outros judeus que também buscavam evitar a perseguição e o extermínio.

    Na floresta, os irmãos Bielski lideraram um grupo de partisans, combatendo os alemães e seus colaboradores com táticas de guerrilha, emboscadas e sabotagem. Além disso, eles resgataram inúmeros judeus de guetos e campos de concentração, proporcionando-lhes abrigo e proteção na floresta da Transnístria. O número impressionante de mais de 1200 vidas que conseguiram salvar é uma prova de sua dedicação e bravura.

    No entanto, a luta dos Bielski não se limitou apenas à resistência armada. Eles também se empenharam em criar uma comunidade judaica na floresta, onde todos pudessem viver com dignidade e segurança. Construíram abrigos, uma sinagoga, uma escola, um teatro e outras estruturas essenciais para a sobrevivência. Cultivavam alimentos e praticavam trocas com camponeses locais, formando assim uma verdadeira aldeia judaica, onde as tradições religiosas eram mantidas com zelo.

    Apesar de todas as dificuldades e tragédias enfrentadas após a guerra, os irmãos Bielski perseveraram. Tuvia Bielski morreu de câncer em Nova York aos 81 anos, em 12 de junho de 1987. Foi inicialmente enterrado em Long Island; um ano após sua morte, seus restos mortais foram exumados e levados para Jerusalém, onde foi dado um funeral de Estado com honras militares em 1988. A sepultura exata é em Har Tamir, uma parte do Monte dos Descansos. Ele e sua esposa Lila tiveram três filhos: Ruth, Michael e Robert.

    Zus Bielski sobreviveu à guerra e se mudou para Israel, mas depois foi para Nova York em 1956. Lá, ele construiu sua riqueza possuindo uma grande frota de táxis e uma empresa de caminhões com seu irmão Tuvia. Ele morreu de parada cardíaca no Brooklyn aos 82 anos Ele e sua esposa Sonia tiveram três filhos: David, Jay e Zvi.

    Infelizmente, Asael não viveu para testemunhar o fim da guerra e a libertação dos campos de concentração. Ele foi recrutado pelo Exército Vermelho em 1944 e combateu na frente oriental contra os nazistas. Sua coragem e habilidades de liderança foram uma contribuição significativa para a luta contra a ocupação alemã.
 

Asael Bielski morreu durante a batalha de Königsberg, em 1944

    Aron Bielski, o irmão mais jovem e o único que não participou ativamente da resistência armada, viveu uma vida longa e produtiva, contribuindo para a construção de Israel e, posteriormente, nos Estados Unidos. Viveu até os 94 anos, sendo o último dos irmãos Bielski a falecer em 2020.

    A história dos irmãos Bielski é uma prova da força do espírito humano, da capacidade de enfrentar a adversidade e da importância de agir em solidariedade para proteger vidas. Seu legado permanece vivo, inspirando e ensinando às gerações futuras a importância de lutar contra a opressão e defender a dignidade e os direitos humanos.

    Caso queira saber mais sobre esse tema, recomendo o filme "Um Ato de Liberdade" (Defiance, 2008), que retrata sua incrível jornada de coragem e resistência. 

    O filme é dirigido por Edward Zwick e tem Daniel Craig, Liev Schreiber e Jamie Bell como os irmãos Bielski1. O filme foi lançado em 2008 e recebeu críticas positivas da imprensa e do público, elogiando a atuação, a fotografia, a trilha sonora e a mensagem de coragem, solidariedade e esperança

Cena do filme "Um Ato de Liberdade" (Defiance, 2008)

.     O filme também foi indicado a vários prêmios, incluindo o Oscar de melhor trilha sonora original.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Robert Oppenheimer — o Pai Era Atômica

    Robert Oppenheimer, o pai da bomba atômica, foi um físico estadunidense de destaque. Oppenheimer nasceu em Nova York, em 1904, se destacando na área da física teórica, doutorando-se aos 22 anos na Europa. Ao retornar aos EUA, tornou-se professor no Instituto Tecnológico da Califórnia e na Universidade da Califórnia, em Berkeley.

A Corrida Atômica

    Em 1939, diante da alemã após a invasão da Polônia, Oppenheimer uniu-se a outros cientistas notáveis, como Albert Einstein e Leo Szilard, no esforço para criar uma arma poderosa antes dos alemães. Assim surgiu o Projeto Manhattan, apoiado pelo governo dos EUA, Reino Unido e Canadá.

Einstein and Oppenheimer em 1950

    Oppenheimer foi designado para liderar o Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México, onde foi desenvolvida e testada com sucesso a primeira bomba atômica em 1945. O projeto envolveu meses de pesquisas e resultou em duas armas distintas: a bomba de fissão com urânio-235, chamada Little Boy, e a de plutônio-239, conhecida como Fat Man.

    Após testemunhar a explosão da primeira bomba atômica, Oppenheimer citou um verso do Bhagavad Gita, expressando preocupações éticas e políticas sobre seu trabalho: "Agora eu me tornei a Morte, o destruidor de mundos". Após a Segunda Guerra Mundial, ele defendeu o controle internacional das armas nucleares e se opôs ao desenvolvimento da bomba de hidrogênio, mais poderosa.

O Teste Trinity do Projeto Manhattan foi a primeira detonação de um
dispositivo nuclear da história

 

    Contudo, suas posições o levaram a ser acusado de simpatias comunistas, resultando na revogação de sua segurança pelo governo dos EUA em 1954. Afastando-se do trabalho militar, ele se dedicou à pesquisa acadêmica e à educação científica até sua morte em 1967.

📚 Melhor Recomendação de Leitura: História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI

    A vida de Oppenheimer é retratada no filme "Oppenheimer", lançado em 2023, que aborda sua vida pessoal e profissional. Baseado na biografia de Kai Bird e Martin J. Sherwin, o papel principal é interpretado pelo ator Cillian Murphy. O filme recebeu críticas positivas dos especialistas, que elogiaram a direção de Nolan, as atuações do elenco, a recriação histórica e os efeitos visuais. Nolan surpreendeu ao afirmar que conseguiu recriar o efeito da explosão causada pela bomba nuclear sem o uso de computação gráfica, o que é incomum em filmes de ação da atualidade. O filme também foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de US$ 100 milhões em seu primeiro fim de semana

Post do filme Oppenheimer — Christopher Nolan

    Robert Oppenheimer permanece como uma figura marcante e controversa na história científica e militar do século XX.

Veja Também: Quantas Armas Nucleares os países do mundo possuem




quarta-feira, 19 de julho de 2023

BRICS e a relevância dos emergentes

    O Brics é um grupo de cooperação que reúne cinco países emergentes com grande peso econômico, demográfico e geopolítico no cenário internacional. O grupo busca ampliar a voz e a influência dos países em desenvolvimento nas decisões globais, além de promover a cooperação em áreas como comércio, investimento, finanças, desenvolvimento, saúde, meio ambiente e segurança. O Brics também é um espaço de diálogo e coordenação entre os países membros para lidar com os desafios e oportunidades do mundo atual, como as mudanças climáticas, o terrorismo, a reforma do sistema multilateral e a defesa da paz e da estabilidade. O Brics representa uma alternativa ao domínio das potências ocidentais e uma oportunidade para construir uma ordem internacional mais justa, democrática e multipolar. 

   A cúpula dos Brics, que reunirá os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, acontecerá em Johannesburgo, África do Sul, no fim de agosto. O encontro representa uma oportunidade ímpar para fortalecer a cooperação política, econômica e financeira entre esses países emergentes, que juntos detêm cerca de 25% do território mundial, 40% da população e um produto interno bruto (PIB) de aproximadamente 19 trilhões de dólares.

Cyril Ramaphosa — Presidente da Africa do Sul
A Africa do Sul sediará a cupula de Agosto
(Anadolu Agency)

    Os países do Brics compartilham características como o potencial de crescimento econômico, abundância de mão-de-obra, aumento da produção e exportação, melhorias sociais e busca pela redução das desigualdades. Além disso, buscam maior representatividade nas instituições financeiras internacionais e autonomia em relação às potências ocidentais.

    Um exemplo concreto da relevância do Brics é a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), assinado na VI Cúpula do Brics em 2014. O NBD tem como missão financiar projetos de desenvolvimento sustentável e infraestrutura em países em crescimento. Outra iniciativa em pauta é a proposta da Rússia de estabelecer um sistema de pagamentos conjunto entre os países do Brics, visando diminuir a dependência do dólar e do sistema financeiro global.

   Rússia propôs estabelecer um sistema de pagamentos conjunto entre os
países do Brics, visando diminuir a dependência do dólar

    Durante a cúpula, espera-se que temas cruciais como cooperação econômica, saúde, meio ambiente e segurança sejam abordados, demonstrando o compromisso do grupo em enfrentar desafios globais. O Brics se consolida como uma força influente no cenário internacional, e este encontro representa mais uma etapa no caminho para uma colaboração cada vez mais sólida e benéfica para seus membros e o mundo em geral.

domingo, 16 de julho de 2023

Igreja, mesquita e museu — A história de Santa Sofia

    A igreja de Santa Sofia é um dos monumentos mais importantes e impressionantes da arquitetura bizantina. Ela foi construída em três etapas diferentes, refletindo as mudanças políticas, religiosas e culturais que ocorreram em Constantinopla, a antiga capital do Império Bizantino e atual Istambul, na Turquia. 

Igreja, mesquita e museu de Santa Sofia — Inverno
 

    A primeira igreja de Santa Sofia foi erguida pelo imperador Constâncio II, filho de Constantino I, o fundador da cidade, em 360 d.C. Ela era chamada de Megale Ekklesia (Grande Igreja) e tinha um telhado de madeira. Essa igreja foi destruída por um incêndio durante uma revolta popular em 404 d.C. 

A segunda igreja de Santa Sofia foi reconstruída pelo imperador Teodósio II em 415 d.C. Ela tinha cinco naves e uma entrada monumental, mas também era coberta por um telhado de madeira. Essa igreja foi queimada novamente durante a revolta de Nika em 532 d.C., que contestava o governo do imperador Justiniano I. 

A terceira e atual igreja de Santa Sofia foi encomendada por Justiniano I aos arquitetos Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Ela foi inaugurada em 537 d.C. e era considerada a maior e mais bela igreja do mundo cristão na época. Ela tinha uma cúpula central de mais de 30 metros de diâmetro e quase 50 metros de altura, sustentada por quatro grandes arcos e uma série de semi-cúpulas e arcadas menores. O interior da igreja era revestido com mármores coloridos, pedras ornamentais e mosaicos dourados. 

 A igreja de Santa Sofia foi dedicada à Hagia Sophia, que significa Santa Sabedoria em grego. Ela era a sede do patriarca ortodoxo de Constantinopla e o local das cerimônias imperiais bizantinas. Ela também testemunhou vários eventos históricos, como o saque dos cruzados em 1204, a restauração dos bizantinos em 1261 e a conquista dos otomanos em 1453. 

Ayasofya ou Santa Sofia mescla a arte bizantina com a islamica
 

 Quando os otomanos tomaram Constantinopla, eles transformaram a igreja de Santa Sofia em uma mesquita. Eles acrescentaram quatro minaretes (torres), um mihrab (nicho indicando a direção de Meca), um minbar (púlpito), um madraçal (escola islâmica) e várias tumbas. Eles também cobriram ou removeram alguns dos mosaicos cristãos. 

A mesquita de Santa Sofia funcionou até 1931, quando foi fechada para restauração. Em 1935, ela foi reaberta como um museu pelo presidente da República da Turquia, Mustafa Kemal Atatürk, que queria preservar o patrimônio cultural da cidade. O museu de Santa Sofia exibe tanto os elementos cristãos quanto os islâmicos da sua história milenar. 

Entardecer em Istambul

Em 2020, o governo turco decidiu reverter o status de museu de Santa Sofia e transformá-la novamente em uma mesquita. Essa decisão gerou controvérsia e críticas de vários países e organizações, que consideram que ela viola a importância universal e o valor simbólico do monumento. 

 A igreja, mesquita e museu de Santa Sofia é um dos principais pontos turísticos de Istambul e recebe milhões de visitantes todos os anos. Ela é reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 1985.

 Saiba mais no nosso vídeo sobre o tema:

 
 Veja o vídeo que preparamos sobre esse tema.

 

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Em direção à Lua — Índia lança Chandrayaan-3

    A Índia alcançou mais um triunfo em sua jornada espacial com o lançamento bem-sucedido do Chandrayaan-3, sua terceira missão à Lua. Com este feito, a Índia se posiciona como o quarto país no mundo a realizar um pouso suave na Lua, após Estados Unidos, União Soviética e China. A missão representa um passo significativo para a Índia e sua agência espacial, o Indian Space Research Organization (ISRO), que buscam consolidar suas capacidades e ambições no campo da exploração espacial.

Chandrayaan-3 foi lançado do Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota


    No dia 14 de julho, o Chandrayaan-3 foi lançado do Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, utilizando o veículo de lançamento pesado LVM3, apelidado de "Bahubali". O projeto tem como meta realizar um pouso suave na superfície lunar no início de agosto, após um percurso de mais de um mês. Caso seja bem-sucedido, a Índia se juntará ao seleto grupo de nações capazes de conquistar tal feito. A missão visa coletar dados e realizar experimentos científicos que ampliarão nosso entendimento sobre a Lua.

    A missão Chandrayaan-3 ocorre quatro anos após a tentativa anterior, Chandrayaan-2, ter enfrentado um pouso difícil em setembro de 2019. Apesar de ter atingido a superfície lunar, a missão foi interrompida devido a problemas de comunicação entre a espaçonave e as estações terrestres. Entretanto, a Índia já havia realizado com sucesso a missão Chandrayaan-1 em 2008, a qual confirmou a presença de água na Lua.

Chandrayaan-1 (2008) confirmou a presença de água na Lua
 

    A exploração espacial tem se tornado uma arena de competição entre grandes potências, com a Índia buscando acompanhar o ritmo da China. Embora seu programa espacial seja menor e menos avançado, a Índia está determinada a se manter na corrida. Nesse contexto, a Índia firmou recentemente os Acordos Artemis, liderados pelos Estados Unidos, que visam à cooperação e governança lunar. A adesão da Índia aos acordos representa uma mudança estratégica, mostrando sua crescente parceria com as potências ocidentais na nova corrida espacial global.

    Além das missões Chandrayaan, a Índia tem se destacado em outros empreendimentos espaciais, como o lançamento do Mangalyaan em 2014, tornando-se a primeira nação asiática a atingir a órbita de Marte. A Índia também planeja enviar um astronauta à Estação Espacial Internacional em 2024, fortalecendo ainda mais sua presença no cenário espacial global.


A exploração espacial é uma das formas que a Índia busca ampliar sua influência


    Com o lançamento bem-sucedido do Chandrayaan-3, a Índia avança em sua jornada de exploração espacial, alcançando um novo marco histórico. A missão representa não apenas uma conquista científica, mas também um símbolo do progresso e ambição da Índia no campo espacial. Ao se juntar ao seleto grupo de países capazes de realizar um pouso suave na Lua, a Índia continua a escrever sua história no universo da exploração espacial, alimentando a esperança de novas descobertas e avanços tecnológicos no futuro.


domingo, 9 de julho de 2023

Por que o peixe é um dos símbolos mais antigos do cristianismo?

     O peixe é um dos símbolos mais antigos e mais usados pelos cristãos. Mas você sabe por quê? O peixe tem vários significados relacionados à fé cristã. O primeiro é que as letras gregas que formam a palavra peixe, ichthys, são as iniciais de uma confissão de fé: "Iesous Christos Theou Yios Soter", que significa Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador. Esse acróstico era uma forma de os cristãos memorizarem e expressarem sua crença em Jesus. Quanto tempo para falar:

"Iesous Christos Theou Yios Soter" — significa Jesus Cristo,
Filho de Deus, Salvador. Esse acróstico.

    Trata-se de um acrônimo, utilizado pelos cristãos primitivos, da expressão "Iēsous Christos Theou Yios Sōtēr", que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador" (em grego antigo, Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ ͑Υιός, Σωτήρ). Foi um dos primeiros símbolos cristãos, juntamente com o crucifixo e continua a ser usado pelas igrejas cristãs.

🧭 Recomendação de Leitura: História dos Hebreus (Flávio Josefo)

    O segundo significado é que o peixe era um código secreto para os cristãos se identificarem e se reunirem nos tempos de perseguição romana. Os cristãos desenhavam um peixe na areia ou nas paredes para marcar os lugares onde se encontravam para orar e celebrar a Eucaristia. Se alguém desconfiasse, o peixe não chamava a atenção, pois era um símbolo comum na cultura pagã. Mas se outro cristão visse o peixe, sabia que ali havia irmãos em Cristo.

 

Peixe se relaciona com várias passagens bíblicas que
falam da vida e da missão de Jesus

    O terceiro significado é que o peixe se relaciona com várias passagens bíblicas que falam da vida e da missão de Jesus. Por exemplo, Jesus multiplicou pães e peixes para alimentar a multidão faminta (Mateus 14:15-21). Jesus chamou alguns pescadores para serem seus discípulos e disse que eles seriam pescadores de homens (Mateus 4:18-22). Jesus ressuscitado apareceu aos seus discípulos à beira do mar e comeu peixe com eles (João 21:1-14).

    Portanto, o peixe é um símbolo rico em significado para os cristãos. Ele nos lembra de quem é Jesus, de como ele nos alimenta com sua palavra e seu corpo, e de como ele nos chama para sermos seus seguidores e testemunhas no mundo. O peixe é um sinal de identidade, de comunhão e de missão cristãs.

🧭 Recomendação de Leitura: História dos Hebreus (Flávio Josefo)

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